Voo suspenso em Aracaju: entenda por que tripulação tem que 'abandonar ' voo quando atinge carga horária máxima
26/04/2025
(Foto: Reprodução) De acordo com legislação da categoria, a duração máxima da jornada diária não é um número fixo. Ela varia dependendo da composição da tripulação. Aeronave da Gol pousando no Aeroporto de Aracaju (SE)
Arthur Campos
Uma aeronave não decolou de Aracaju para o Rio de Janeiro, nesta semana, após a tripulação atingir a carga horária de trabalho. Isso aconteceu por que as profissões de piloto e de comissários seguem regras previstas em regulamentação, que preveem durações máxima de jornadas que vão de 9 a 18horas.
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De acordo com a legislação, a duração máxima da jornada diária varia dependendo da composição da tripulação. Veja as regras:
Em equipes menores, o limite oscila entre 9 e 11 horas, dependendo do tipo de serviço aéreo.
Tripulações maiores podem trabalhar até 12 ou 14 horas, enquanto as de revezamento, que contam com profissionais extras para substituir colegas em voos longos, podem alcançar até 16 ou 18 horas.
Uma exceção são os serviços aéreos especializados, como a aviação agrícola, onde acordos coletivos podem flexibilizar esses limites, sempre priorizando a segurança.
As regras impõem limites ao trabalho durante a madrugada (entre 0h e 6h, horário da base), restringindo a duas madrugadas consecutivas e a um total de quatro em um período de 168 horas. Uma terceira madrugada consecutiva é permitida apenas em voos de retorno à base, encerrando a jornada do tripulante.
A legislação também estabelece limites para a carga de trabalho em um período mais extenso: 44 horas semanais e 176 horas mensais. Esses limites englobam não apenas o tempo de voo, mas também atividades em terra, períodos de reserva e treinamentos.
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